sexta-feira, 27 de abril de 2012

OS PROBLEMAS SÓ EXISTEM EM SUA MENTE


O que sentimos é fruto do nosso julgamento sobre o mundo, as coisas e as pessoas. e sobre nós mesmos. depende de nós sofrer ou ser feliz, mas o objetivo da criação nao é o mal, pois este nao existe, ao menos no sentido que a maior parte do mundo o julga. Deus, de infinita bondade, sabedoria e amor, nos fez crianças simples que hão de crescer e ser felizes pela eternidade. trabalho e amor, eis o que move o homem para o bem. retomando a questão do sentimento: quando alguém nos ofende, por exemplo, sentimos a ofensa porque nao aceitamos que o outro está num processo de evolução distinto do nosso; sentimos a ofensa porque nao entendemos todo o processo; talvez, aquilo nem seja mesmo um mal, mas um bem que nao conseguimos perceber; as frustrações do dia a a dia sao resultado do que fazemos. consequencias de causas que nao suspeitamos. mesmo um simples pensamento pode desencadear um terremoto do outro lado do mundo. nao digo que nao reajas, que nao se entristeça...é humano e mesmo eu e todos ainda guardamos tais percepções. penso que no dia a dia nos vijiando e orando, iremos pouco a pouco eliminando essas coisas de nós. o problema, QUE É O FATO ACONTECIDO, vai existir sempre, independente do que acharmos dele; acabar-se-a, portanto, quando enfrentarmos de cabeça erguida, com calma, amor e paz. quando aguardarmos o momento certo para agir, depois de bem preparados e verificadas as condições, porque nem sempre estamos preparados pra dizer e o outro nem sempre está pronto para ouvir. do mesmo modo, sofrer ou não por uma coisa depende de como encaramos a vida. se pensarmos que já fizemos o que hoje recebemos e já ferimos alguém, e que tudo é transitório e necessário à nossa evolução, daí entao nao sofreremos, ou suportaremos melhor tudo o que vier. porque o ser humano nao foi feito para sofrer. ele veio para ser o completo divino, pois que, centelha de Deus, fatalmente caminhará para a perfeição. no mais, nada está escrtito, senão a lei de AMOR a que todos estão amparados e que todos chegarão lá....

EU E VOCÊ (Texto narrativo-poético)


EU E VOCÊ (Texto narrativo-poético)

Eu estava passeando por uma floresta muito linda, a procura de flores raras. O que eu buscava desde muito tempo pelas matas e cachoeiras não era comum de se ver, menos ainda de se ter.
Acordei bem cedo, antes que o sol despontasse no horizonte, em busca da minha predileta e rara jóia. Tomei um banho frio rápido, despedi-me do meu cachorro vira-lata, que mora comigo há 06 anos.
Não demorei para chegar até a referida floresta, e tão logo entrei, deixei na encruzilhada uma oferenda para Oxossi, e olhei mais uma vez para o sol nascente, que agora já corava minhas pupilas de laranja, e o coração de nova cor.
No caminho para a cachoeira, vi alguns passarinhos, dos quais não conhecia quase todos, exceto o bem-te-vi, o azulão, o trinca-ferro e o rouxinol, cujo canto ecoou no fundo do meu espírito, donde agradeci a Deus a oportunidade de estar ali, vivo e sereno, procurando minha jóia rara.
Andei mais para dentro da mata e vi plantas medicinais e flores, de tamanhas belezas de raridade, com as quais poderíamos trazer de volta a paz ao mundo, só com o amor que dá pra sentir ao respirar aquele ar especial.
Cheguei, em fim, à cachoeira. Suas águas desciam velozes em queda livre, e meu coração acompanhava cada gota que viajava para a terra, desejando encontrar-me com o mais profundo de mim mesmo. A beleza das águas entoava um hino de Oxum, tão doce, tão maravilhoso, tal qual as harpas mágicas do céu. Lavei-me por inteiro, por dentro e por fora, e uma paz de alma indescritível atravessou todo o meu ser.
Estava inteiro novamente e, agora completo de tudo, fui encontrar minha jóia rara.
Bem no meio da floresta havia uma casinha. Não era uma casa comum e qualquer. Era feita de amor, de sonhos, de ninho e carinho; não faltava aconchego e colo; lá nunca havia batido à porta nenhuma solidão, nenhum rancor. Lá ninguém sabia o que era medo, solidão, tristeza. Era lá, na casinha do meio da floresta que morava a paz e o amor transformado em gente. Ou melhor, em espírito da floresta, sereia encantada que saiu do mar, transformada numa virgem renascida do fogo e da luz da lua.
Bati na porta e ouvi uma voz a dizer que esperasse um pouco. Como havia de ter demorado um pouco mais, eu bati novamente e a voz disse-me que entrasse. Era um cenário todo novo: flores das mais variadas cores, pássaros, cantos e cachoeiras, os deuses passeavam e serviam banquetes de amor e promessas de paz. Deus estava no coração do Homem, sem altares vulgares ou preces mortas. Apenas eu e ela. Tão somente eu e você.

sábado, 24 de setembro de 2011

PEQUENAS TOLICES

PARA "NESSINHA", ALGUNS SUSPIROS...

Eu queria ter o dom das palavras, mas elas dão-se em fuga quando eu as tento convencimento de infiltrar-se na minha busca/ senda que é o coração da minha amada. Perco-me em ventos rodopiantes e delirosos, sem um fim imediato, mas com uma desordem tal que as palavras que vertem da minha alma nascem no momento em que permito as desilusões deste meu ser em processo de autoconhecimento.



Temo não conhecer por completo uma simples fração do seu coração. Mesmo sabendo que uma milésima parte do meu eu não conheço, apenas cogito. Pequenas idéias me assustam e convidam docemente a visitar-te o pensamento e buscar no teu ser o conhecimento do bem e do mal, e o caminho mais curto para curtir a vida. Não encontrei esse caminho. Encontrei o amor.



Olho seus movimentos indecisos e tolos, na fuga que deliberas contra mim, e sei que tanto seria para mim prestimoso o dom das palavras, mas não o tenho; essencial tornar-se-ia saber um pouco do seu coração, mas não o sei. Leva-me embora o turbilhão de ventos que te afastou de mim, mesmo antes de chegares, mas o meu grito de amor e luz se faz paz em teu seio, e dormimos enamorados no brilho da lua, e abandonamos as vontades ao sabor do tempo, e beijando-te demoradamente, esqueço as suas, e renego as minhas, as nossas “pequenas tolices”.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Divagações



Pensando em "nessinha"

Pudesse navegar seu sentimento

Eu me acharia gritando sonhos

Voando alto

Ícaro me emprestaria o mais alto desejo

E em teu sol me queimaria

E dormiria para sempre

Em ti



Com tudo isso

O que me falta, afinal?

Sonhos perdidos

Na imensidão dos nossos olhares?

Não sei!

Falta-me o que desconheço

Exclui-se de mim o tempo!



Mesmo sem tempo

Busquei no mundo o belo

Mais belo que todo o belo

De mãos vazias retornei

Porque apenas você

De todas as coisas perfeitas

A mais bela que encontrei!



Penso em você todos os dias

E o dia todo me dedico a você

Porque o que se ama sempre se diz

E digo que te fiz poesia e amor

Sorriso, fé e esperanças

Porque és meu sonho de criança

Sonho que não se encontra em padaria!



Sonhar e pensar, no amor

No amor não há respostas

Apenas perguntas e pensamentos

Sentimentos em cadeia

Pois quanto mais eu penso mais te amo

Quanto mais te amo mais te penso

E penso que sou viciado em você!



O amor é uma palavra

Que quatro letras tem

Que aos sentidos mexem

Mesmo se sentido não tem

Sem sentido é a saudade

De passar a eternidade

Com alguém que não se tem!



Mesmo com tudo isso

Ainda que quase nada

O amor tudo suporta

E do outro não espera nada

Mas espero do meu amor

(do amor que nunca tive)

Sempre tê-lo ao meu lado!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Intertexto sertanejo





Que dizer dessa morte-vida sertaneja,
que apela para as chuvas e deseja o verde?
onde está o verde?
na esperança do povo...
como está o povo?
com fome e sede...
e agora José?
José degusta palma,
José olha o verde que não come,
o verde mandacaru....

folhas secas ao chão
cabeças no estradão
há mais chapéus sem cabeças...
e no sertão da espada
já houve tanta desgraça
e na morte há vida,
porque morte não há,
o que há é a sorte,
do povo que sofre,
sobreviverá...