domingo, 21 de agosto de 2011

A NECESSIDADE DA FRAQUEZA DIANTE DE DEUS


 

Ouvimos de toda parte pessoas dizendo que não são nada, ou são menos que o nada, diante de Deus. Vamos pensar um pouco sobre esse assunto. Temos dois motivos para distinguir que foi o homem e não Deus que instituiu essa afirmativa. O primeiro deles, registrado pela religião, de que somos a imagem e semelhança de Deus; o segundo, que foi o próprio homem que, diante de Deus, afirmou a sua própria limitação e fraqueza.
Entendendo-se que, além de tudo, concebemos Deus enquanto necessidade do homem para explicar as coisas que existem e não são provindas do próprio homem, entendemos a idéia de fraqueza por dois motivos principais. O primeiro, justamente por conceber Deus o autor de acontecimentos que estão além da capacidade humana. Então somos mais fracos porque existe algo que estabelece coisas maiores que nós. É, portanto, um ser mais capaz que nós. Segundo, atribuir nossa fraqueza em relação a Deus é uma fonte de justificativa e apoio das nossas falhas. É uma necessidade psicológica e cultural. Um ser que nos compreenda e perdoe, e lance os dados para dar-nos mais uma chance de conserto das coisas.
Na essência, somos iguais a Deus, e ele nasceu a partir do nosso pensamento e necessidade de tê-lo. Fazer-se mais fraco do que a idéia que criamos é tão necessário para nós que instituímos tal fato como verdade absoluta, tanto que a própria idéia de Deus é a idéia mais forte da nossa mente. Até os ditos ateus pronunciam um “graças a deus” de vez em quando.

2 comentários:

  1. Querido Damião, começarei meu comentário acerca de seu argumento com uma passagem da bíblia:

    [O Senhor dizendo a Paulo]"A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
    Pelo que sinto poder nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então é que sou forte."

    As nossas fraquezas, nossas falhas, provam que somos de carne e osso, que somos humanos, que estamos sujeito ao erro porque temos a capacidade de acertar.
    Até Jesus teve que se mostrar forte, quando no deserto, necessitado de sede e fome, recusou transformar as pedras em pão. As nossas limitações, como o espinho na carne de Paulo, provam a nós mesmos que somos feito de pó, semelhantes a Deus, porque como Ele temos a capacidade de criar e escolher, mas também necessitados Dele, não como justificativa, mas como um auxílio, uma mão aberta, que nos ergue e nos deixa mais forte, porque, como Paulo nos diz, quando somos fracos, então é que somos fortes!

    Beijos!

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  2. Um excelente escrito, Damião. Parabéns! A mais verdadeira verdade é a existência de Deus, princípio de todas as coisas. E com grande alegria prosto-me diante d'Ele. É gostoso cantar aquela canção cujo autor não sei quem é:

    TEU SOU

    "Eu não sou nada e do pó nasci,
    mas Tu me amas e morreste por mim.
    Diante da cruz, só posso exclamar: Teu sou, Teu sou.

    Toma minhas mãos, Te peço;
    toma meus lábios, Te amo. Toma minha vida,
    Ó Pai Teu sou, Teu sou. Teu sou, Teu sou . (2x)

    Quando de joelho Te olho , Ó Jesus,
    vejo Tua grandeza e minha pequenez.
    Que posso dar-Te eu ? Só meu ser, Teu sou, Teu sou."

    Ou do Padre Jonas"

    QUERO TRANSFORMAR NUMA CANÇÃO

    "Quero transformar numa canção
    as juras de amor
    por ti meu Deus
    entraste em minha vida sedutor
    já não sei viver
    sem teu amor
    tudo te entreguei, nada me restou
    livre eu fiquei
    para te amar, meu Deus
    tudo me pediste, nada te neguei
    hoje sou feliz
    assim tenho a ti
    meu Deus."

    O homem, na sua limitação não poderia inventar um Ser tão perfeito, mas na sua limitação, limitou Deus que é infinitamente bom.

    Abraços.

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