sábado, 23 de abril de 2011

A PENA DA PENA DO POETA


Pode o poeta escrever às duras penas
As penas que pena na vida;

Pode o poeta ver o penar de outrem

E escrever sem contar a ninguém

Que a pena penou escrevendo

Um suspiro que não era seu;

Pode a pena que escreve

Imaginar situações diversas

Que o poeta não viu e não viveu,

E fazer pena descobrir

Se é do poeta a pena,

Ou se a pena

Não é da pena

Do poeta que pena!

Um comentário:

  1. Penosa é a pena que não pena para escrever.
    Transpiração que vem de lá; sensibilidade que vem de cá ou dalí, devem mergulhar certeiras no tinteiro do fazer poético. Você torna isso divinamente possível. Parabéns!!!

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